quinta-feira, 21 de julho de 2011

Em um segundo...

Tem noção de quanto tempo leva pra passar o segundo?
Tem noção que quando é algo muito bom o segundo não vale nada, mas quando é ruim, ele pode durar uma eternidade.
Pois é! E sabe quando te acontece algo e você fica pensando e se... E se naquele segundo tivesse ocorrido isto ou aquilo?

Não que eu seja exatamente supersticiosa e tal, mas sempre que esta próximo do meu aniversário – que foi no último dia 15 de julho – eu procuro ficar mais quieta e sossegada, não viajo e não invento nenhuma moda. Deixo para fazer as estripulias depois da data.
O motivo da quase neurose começou no meu aniversário de 09 anos. No mesmo dia eu sofri um pequeno acidente que resultou na fratura dos dois braços, nos meus dois olhos roxos e inchados e com derrames onde nem conseguia abri-los. Escoriações por todo o rosto. E por aí vai. Interessante que não me lembro de quase nada da época. Tenho alguns flashes e olhe lá.
De lá pra cá ainda me ocorreram alguns contratempos. As vezes no dia, as vezes na semana, as vezes um dia antes e então resolvi não fazer nada que colocasse minha vida em risco, mas nem sempre era possível, certa vez soube um dia antes que estava com sarampo. Fazer o que não é!?E não é que o fantasma resolveu me assombrar este ano de novo, só que desta vez um dia depois.

Sábado estava no Frans café de Guarulhos já estava bem tarde e na volta para casa, já no carro no maior bate papo, meu amigo dirigia devagar já que estávamos rindo e conversando. Quando do nada ele foi passar numa lombada que mais parecia um tijolo. A sensação foi que o carro quicou. Como eu sou baixinha e estava sentada no meio no banco de trás, acho que senti mais. Bati a cabeça no teto, deu um tranco no pescoço, bati as costas e o bumbum no foi direto no encaixe do cinto de segurança no banco. Que dor!!! Fiquei tão assustada com o lance do pescoço que não consegui me mexer de dor e medo. Ok, não fui ao médico e a dor no pescoço e nas costas vem aumentando. Acho que não terei como fugir mais e terei que ir.

Por outro lado não consigo para de pensar no ocorrido. Parece bobagem , nóia, sei lá, mas sabe quando você pensa naquele segundo. Aquele segundinho que faz a diferença.
E se... e se o meu amigo não tivesse avisado da lombada, me pegaria distraída.
E se eu tivesse batido o pescoço mais forte.
E se o carro tivesse em alta velocidade? O carro teria capotado?
E se... E se... E se... este “bendito” e se ta me atormentando. Sei que logo logo esqueço isso, mas oh fantasminha aborrecido viu!

Bom, acho que amanhã não terei como escapar do médico.
Mas falando do e se... e se amanhã eu ganhar na mega sena ou for convidada pra trabalhar numa multinacional? E se for pedida em casamento ou ganhar um carro num concurso?
Não importa, nossa vida é feita de segundos e muitos segundos.
Temos que vive-los intensamente, afinal, eles não voltaram nunca, nunca, nunca mais.

Bjos mil



2 comentários:

Vivi Morais disse...

Menina... que história... espero que melhore logo, viu!!!
Agora, este "e se" é um perseguidor mesmo... ou será nós que o perseguimos??!!

Bjs

Ana claudia disse...

xiiii...eu me lembro bem dos seus olhos igual a um panda...que bom que voltou a postar,tenho que tomar vergonha e postar tb...heheheh
beijos e saudades dos nossos longos papos comendo brigadeiro